as instituições em STP
Pode-se dizer que em S. Tomé Príncipe, salvo raríssimas tentativas de excepção, as instituições não existem como tal, pelo menos não na verdadeira acepção da palavra. Não existe uma lógica de organização das instituições. O cidadão está quase sempre sujeito à lógica (se é que se lhe pode atribuir este nome) de cada funcionário, de cada servidor público, dependente das vontades, dos caprichos, das simpatias ou antipatias dos mesmos. A lógica da relação individual sobrepõe-se à da organização, o que tem alimentado o sistema de favores, de clientelismo, de conflitos de interesses e até da corrupção. Ora, não é aceitável e muito menos desejável que a lógica da instituição seja a lógica dos funcionários individualmente considerados nem a mera soma dos mesmos. Uma instituição deve ter carácter impessoal, estar sujeita à regras, à uma certa ordem das coisas, à prazos e procedimentos claros e objectivos que não se compadecem (ou pelo menos não deveriam compadecer-se) com a lógica do indivíduo,